"The food you eat can be either the safest and most porwerful form of medicine, or the slowest form of poison"
Ann Wingmore
Diariamente, devido às pressões que sofremos, devido à nossa constante ação, sem tempo para nada, descuramos da nossa alimentação, optamos por soluções rápidas, comidas processadas ou fast food. Contudo esquecemo-nos que uma boa alimentação é a base para a qualidade de vida, e é sim possível, ter uma alimentação saudável, no meio da azafama do nosso dia, desde que ela seja bem planeada e preparada. É apenas uma questão de preparação e organização.
Devemos nutrir o nosso corpo com uma alimentação equilibrada, optar pelos chamados alimentos vivos, aquilo que a natureza nos dá no seu estado mais puro, água, cereais, fruta, leguminosas, vegetais, reduzir o consumo de alimentos mortos, principalmente carnes vermelhas e alimentos processados. Não estou com isto a dizer que temos que optar por uma alimentação 100% vegetariana ou vegana, mas se a maior percentagem dos alimentos que consomes forem vivos, verás, rapidamente, um aumento da tua energia e vitalidade.
Uma má alimentação suga a nossa energia física e mental, afeta o humor e atrapalha a nossa clareza mental.
A minha mudança alimentar foi gradual e ainda se encontra em processo.
Houve uma fase na minha vida em que, mensalmente, tinha uma crise aguda de dores abdominais agoniantes, dores no estômago, que duravam dias. Durante esses dias mal conseguia comer, estava sempre a vomitar e a contorcer-me de dores. Fui submetida a um conjunto de exames onde me foi diagnosticado gastrite crônica e mais tarde foi-me dado o diagnóstico que essa gastrite era causada por uma bactéria que tinha no estômago chamada helicobacter pylori. Depois de percorrer muitos gastroenterologistas eliminei a bactéria e realmente melhorei a minha qualidade de vida. Contudo isto foi apenas um tratamento, ela podia voltar. Assim sendo, fui pesquisar o porquê de ter aquela bactéria e na minha pesquisa percebi que até os 60 anos de idade, cerca de 50% das pessoas são infectadas, mas apenas 20% das pessoas apresentam sintomas. Ela é a principal causa de 80% dos casos de úlceras gástricas e 90% das úlceras duodenais, podendo ainda causar cancro do estômago. Percebi ainda que o seu aparecimento, entre outros fatores, está muito ligado aos nossos hábitos alimentares, ao consumo excessivo de sal, de carnes vermelhas, carnes processadas, bebidas alcoólicas, tabaco e cafeína.
Assim sendo, decidi mudar um pouco a minha alimentação e foi aqui que comecei a reduzir o consumo de carnes, passei só a comer carnes brancas e eliminei da minha dieta os processados. Posso dizer que só com esta alteração a diferença no meu bem estar foi abismal e melhorou efetivamente a minha qualidade de vida.
Com o tempo, fui aumentando ainda o consumo de legumes e frutos (alimentos vivos), aumentei o consumo de alimentos crus, reduzi o consumo de derivados de leite, deixei de comer qualquer tipo de carne e qualquer tipo de processado, mesmo processados vegetarianos.
Atualmente adoto uma dieta plant based e posso dizer que nunca me senti tão bem. Nunca mais tive um crise, melhorei o meu trânsito intestinal, o meu bem estar, a minha pele ganhou outra luz e notei uma aumento enorme na minha energia e vitalidade.
E o que é uma dieta plant based?
Nesta dieta entram frutas, vegetais, tubérculos, leguminosas, cereais, oleaginosas, sementes… alimentos que, muitas vezes, assumem papéis secundários. Não só estes alimentos assumem o papel principal, como o fazem na sua forma mais natural e íntegra e menos processada, o mais perto possível da sua forma original, mas poderá incluir na sua dieta alguns alimentos de origem animal.
Este tipo de alimentação parece estar associado à menor probabilidade de prevalência de doenças crónicas, como doença cardiovascular, certos tipos de cancro, diabetes e obesidade.
Acredito, cada vez mais, que os nossos hábitos alimentares estão na origem dos mais variados problemas de saúde, e deve ser fator primordial de preocupação no nosso dia a dia. Toda esta mudança nos meus hábitos alimentares, que será sempre um processo em construção, tomou ainda outra proporção quando fui mãe, porque quero garantir para o meu filho, uma alimentação que lhe proporcione qualidade de vida.
Se comermos os chamados alimentos vivos, aqueles que a natureza dos dá, e diminuirmos o consumo de alimentos mortos (como carnes, cadáveres) estamos a contribuir para o bem da nossa saúde, e sem dúvida para o bem do meio ambiente. E porque é que é considerado um alimento vivo? Se experimentarmos colocar, por exemplo, um rebento de soja em água, ele continuará a viver, a crescer e a germinar...existe vida dentro dele. Por sua vez, o consumo de alimentos mortos, como carne vermelha, levam a um consumo excessivo de energia do corpo porque é realmente difícil de digerir.
Face ao exposto, reduz o consumo de alimentos mortos, por todos os benefícios que terá para a tua saúde, pois alimentos como carnes vermelhas têm proteínas que não são compatíveis com o nosso organismo e terão maior dificuldade em serem assimiladas e posteriormente secretadas. Isto sem falar que estarás a contribuir para a diminuição da exploração animal, dos maus tratos aos animais e da excessiva exploração agrícola para a produção animal, que está a destruir o nosso planeta. Mas este é outro tema a explorar em outro post.
Aumenta o consumo de alimentos vivos, e de alimentos crus. Os alimentos crus contêm mais energia e preservam o seus nutrientes essenciais quando na sua forma original, sem serem alterados pelo aquecimento quando cozinhados.
Planeia a alimentação da tua semana, prepara frutas e legumes para serem rapidamente preparados ao longo da semana.
Experimenta algumas destas alterações e conta-me o resultado. ;)
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